Novas medidas de auxílio financeiro às companhias envolvidas na elaboração de projetos de geração eólica e solar foram divulgadas pelo Banco Popular da China. O governo chinês visa agilizar o avanço do setor renovável do país.
A medida foi decretada após uma declaração realizada pelo presidente Xi Jinping no começo de março. Na declaração, o presidente relata que, atualmente, a estrutura de energia chinesa é comandada por combustíveis fósseis, fazendo com que um sistema mais otimizado para geração limpa consiga ajudar nessa questão.
Com objetivo de alcançar essa meta, Jinping certificou que diversas políticas e iniciativas seriam desenvolvidas de forma a acelerar as novas instalações e também apontou uma elaboração vigorosa de novos empreendimentos renováveis.
Segundo o Banco Popular da China, o novo plano de segurança energética está ligado à meta mais ampla do território chinês, definida dentro do 14º Plano Quinquenal, de alcançar o pico de emissões de gás carbônico em 2030, encaminhando-se para a trajetória de chegar a zero emissões em 2060.
O suporte financeiro abarca a renovação ou extensão de empréstimos para empresas de energia renovável que estão passando por empecilhos imediatos, porém possuem capacidade lucrativa de longo prazo. Outra iniciativa é o compromisso de assegurar que os compradores possam pagar o total do valor de sobretaxas de tarifa de energia renovável.
Estima-se que, em 2021, a instalação de geração solar possa manifestar um crescimento significativo com a China fortalecendo a estratégia em renováveis. Em 2020, houve um acréscimo de potência fotovoltaica calculada em cerca de 50 gigawatts. Por isso, as projeções para 2021 atingem a marca de 70 GW, com a maior parte das avaliações indicando um volume entre 65 GW e 75 GW.
Com 10 GW de capacidade produtiva – incluindo células, módulos e silício policristalino – que devem iniciar suas atividades durante 2021, a indústria local de componentes e equipamentos prevê um crescimento das instalações fotovoltaicas nos próximos anos.
Além disso, o governo chinês agiu para atenuar gargalos na cadeia de fornecimento voltados a matérias-primas. Assim, respondendo à escassez que afetou fabricantes de módulos no ano passado, as restrições na fabricação de vidro solar foram retiradas.
Entretanto, a ausência de componentes e materiais ainda é um problema no país e é observada como principal responsável pelos atuais aumentos de preços de módulos, com repercussão esperada em todo o mercado internacional.
Fonte: Portal Solar