Análise de Mercado
No mercado doméstico de biocombustíveis, o etanol registrou uma semana com bom volume de negociações efetivadas, principalmente no segmento anidro. Foram registrados negócios em Goiás a R$ 3.050,00 por metro cúbico, com retirada na usina (FOB), e em São José do Rio Preto a R$ 3.180,00/m³ também FOB usina. Além disso, houve transações entre usinas na região paulista com o mesmo valor de R$ 3.180,00/m³, indicando movimentação direta entre produtores e equilíbrio de preços na origem. Esse padrão de negociação mostra firmeza no anidro, sustentada pelo cumprimento dos mandatos de mistura e reposição ativa por parte das distribuidoras, especialmente em momentos de estabilidade no câmbio e ausência de pressão de baixa nos derivados fósseis.
Já o etanol hidratado também apresentou liquidez relevante, com registros de negociações CIF em diversos destinos. Em Paulínia, o valor foi de R$ 3.150,00/m³. Em outras praças, como São Francisco do Conde, Suape e Araucária, os negócios ocorreram a R$ 3.190,00, R$ 3.160,00 e R$ 3.170,00/m³, respectivamente. Brasília teve dois registros distintos, com valores a R$ 3.140,00 e R$ 3.160,00/m³, enquanto em Maringá o preço negociado foi de R$ 3.140,00/m³. Esses dados confirmam que, mesmo com margens mais apertadas frente à gasolina em algumas regiões, houve reposição de estoques e atendimento pontual à demanda, o que garante certa fluidez nas bases consumidoras.
Dessa forma, o mercado de etanol operou de forma equilibrada na semana, com o anidro mantendo protagonismo nas origens e o hidratado escoando via CIF em diferentes regiões do país. A combinação de câmbio estável, petróleo em recuperação e fundamentos internos ajustados contribuiu para um ambiente de negociação seletivo, mas com volumes representativos e preços sustentados.
O dólar manteve comportamento estável frente ao real ao longo da semana de 2 a 6 de junho de 2025, oscilando levemente na faixa entre R$ 5,65 e R$ 5,70. A falta de gatilhos internos relevantes e o cenário externo ainda cauteloso, marcado por incertezas nas políticas monetárias das principais economias, contribuíram para uma semana de câmbio tecnicamente lateralizado. No cenário internacional, os preços do petróleo apresentaram recuperação. O Brent avançou 2,1% na semana, encerrando a sexta-feira a US$ 65,15 por barril, enquanto o WTI fechou em US$ 63,17 por barril, com alta acumulada de 4%. A valorização reflete uma combinação de expectativas de recuperação gradual da demanda global com ajustes moderados de oferta por parte da OPEP+, além de tensões geopolíticas pontuais.