As vendas de gasolina C por distribuidoras atingiram 3,62 bilhões de litros em setembro, queda de quase 2% ante o mesmo mês do ano passado, enquanto o etanol hidratado – seu concorrente direto nas bombas – somou 1,74 bilhões de litros, alta de 14,6% na mesma comparação.
Os dados da dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) foram comentados pela analista de inteligência de mercado da StoneX, Isabela Garcia. “Novamente, a paridade menos favorável do fóssil em algumas regiões, especialmente São Paulo, seguiu favorecendo a demanda por etanol hidratado”, disse.
Ela complementa: “Esse movimento fica claro quando se considera que a demanda por combustíveis leves (Ciclo Otto) registrou alta em setembro em 2,8% na comparação anual, indicando uma menor participação do consumo da gasolina”.
No acumulado do ano, as vendas de gasolina por distribuidoras no Brasil somaram 32,61 bilhões de litros, recuo de 5,51% no comparativo com o mesmo período de 2023. Já o etanol hidratado somou 1,74 bilhões de litros no período, uma alta de 44,4% na mesma comparação.
Garcia afirmou que a gasolina deve seguir registrando queda frente ao ano passado, dado que o etanol hidratado deve permanecer com paridade favorável em alguns estados consumidores importantes.
No entanto, a especialista destacou que o recuo pode ser amenizado a medida que a demanda por combustíveis leves em outras regiões também apoie o consumo de gasolina, especialmente no quarto trimestre.
As vendas de gasolina e diesel publicadas pela ANP consideram os produtos já com as misturas de biodiesel e etanol anidro.
Diesel
Por sua vez, as vendas de diesel B por distribuidoras no Brasil desaceleraram em setembro e somaram 5,77 bilhões de litros, configurando uma leve alta de 0,2% ante o mesmo mês do ano passado. O cenário ocorre após as vendas do combustível mais comercializado do país terem ficado acima de 6 bilhões de litros por dois meses consecutivos, em julho e agosto.
Em nota, Garcia, destacou que a desaceleração da demanda ocorreu enquanto os setores que costumam impulsionar o consumo do derivado no terceiro trimestre, especialmente o agrícola, também não apresentaram forte crescimento em relação ao ano passado.
Entretanto, a analista ponderou que “o bom resultado de outros segmentos da economia ainda apoia a demanda por diesel”.
No acumulado do ano até setembro, as vendas do combustível fóssil somaram 50,47 bilhões de litros, alta de 3,2% versus o mesmo período de 2023.
A expectativa é que a demanda brasileira por diesel deve crescer 3% em 2024 versus 2023, de acordo com a atualização mais recente das estimativas da StoneX.
댓글