O Brasil poderá exportar um recorde de 42 milhões de toneladas de milho em 2022 se a segunda safra continuar em boas condições, permitindo ao país colher um volume histórico de 113 milhões de toneladas, afirmou o Rabobank em um estudo nesta quarta-feira, 30.
O banco avalia ainda que uma severa redução na safra de soja do Brasil, com impacto nos embarques da oleaginosa, abrirá espaço para um início mais prematuro das exportações brasileiras de milho, que costumam se intensificar no segundo semestre.
Além disso, há uma demanda adicional pelo milho do Brasil em função de uma limitação de exportação da Ucrânia, grande fornecedor global, o que gerou negócios atípicos recentes.
A consultoria Safras & Mercado estima que os embarques de milho do Brasil podem atingir até 2 milhões de toneladas entre março e maio, versus menos de 150 mil toneladas no mesmo período do ano passado, conforme números da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).
“A redução da safra de soja e a limitação dos embarques do milho ucraniano irão antecipar as exportações de milho no Brasil, que deve iniciar em maio de 2022”, destacou o Rabobank.
O volume projetado para o ano ficaria próximo da máxima histórica de 2019, quando o país exportou 41 milhões de toneladas.
Além disso, o total previsto de 42 milhões de toneladas representa pouco mais que o dobro do que o país vendeu para o exterior no ano passado, quando a seca e a geada afetaram a produtividade.
Com esses volumes, o Brasil voltaria a figurar como o segundo maior exportador global de milho, superando a Argentina, mas ficando atrás ainda dos Estados Unidos.
Esses números dependem da confirmação da segunda safra, que permitirá à colheita total do país crescer 28% ante a temporada anterior, após produtores ampliarem a área plantada na esteira de bons preços.
Já a safra de soja do Brasil está estimada pelo Rabobank em 125 milhões de toneladas, queda de 9% ante o ciclo anterior, após uma severa seca reduzir as colheitas ao sul do país.
Fonte: www.novacana.com
Comments