top of page
Foto do escritorEcoflex Trading

Produtores de cana encaram perspectiva de escassez de mudas para a safra 2025/26

As consequências da estiagem que assolou a região Centro-Sul do Brasil em 2023/24, favorecendo a ocorrência de incêndios, deve ir além da atual temporada. Para o presidente da Datagro, Plínio Nastari, um dos impactos mais preocupantes deriva do atraso do desenvolvimento fisiológico da cana-de-açúcar.

“Mesmo que as chuvas voltem ao normal, as usinas ainda vão precisar de um tempo para que o canavial se desenvolva adequadamente e atinja o estágio de corte”, disse ele, durante o 18º Encontro Anual de Açúcar e Álcool, realizado pelo Citi Brasil.

Conforme números apresentados pela consultoria, os incêndios vistos nos últimos meses atingiram cerca de 450 mil hectares de canaviais. Dentro desse total, aproximadamente 200 mil hectares foram em áreas já colhidas, afetando plantas que já estavam em desenvolvimento por um período de um a cinco meses. “Elas foram perdidas, forçando as usinas a limparem os campos, começando do zero”, completa.

Com isso, Nastari acredita que pode ocorrer queda na qualidade industrial da cana, além de falhas de brotação e atraso na germinação, favorecendo a infestação de mato e a presença de outras pragas e doenças, como a síndrome da murcha do colmo. “Quando começar a chover, o mato que está em dormência vai explodir em desenvolvimento”, complementa.

Ainda de acordo com ele, como poucas usinas conseguiram plantar cana de ano, o setor já começa a questionar a disponibilidade de mudas para a próxima temporada. “É uma perspectiva bastante desafiadora”, completa.

O economista Haroldo Torres, do Pecege Consultoria e Projetos, e o pesquisador Ivan Antonio dos Anjos, do Instituto Agronômico (IAC), da secretaria de agricultura e abastecimento do estado de São Paulo, concordam com essa visão.


13 visualizações0 comentário

Comments


bottom of page