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Preços nos postos: Etanol volta a aumentar após quatro semanas de queda


Valor médio do renovável subiu 0,5% na semana, enquanto o do seu concorrente fóssil teve uma elevação de 0,2%

Os preços dos combustíveis apresentaram alta semanal nos postos brasileiros. Esta foi a segunda elevação seguida para a gasolina e a primeira, depois de quatro semanas de baixa, para o etanol.

Entre 9 e 15 de abril, o valor médio do biocombustível aumentou 0,5%, de R$ 3,88 por litro para R$ 3,90/L. Já o seu concorrente fóssil registrou incremento de 0,2%, indo de R$ 5,50/L para R$ 5,51/L.


Os números foram divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e correspondem a um levantamento feito em 416 cidades, incluindo a maioria das capitais brasileiras.

Com isso, o renovável segue em desvantagem comercial. De acordo com a ANP, a relação entre o preço do biocombustível e o de seu concorrente fóssil nos postos foi de 70,8% na média nacional, pouco acima dos 70,5% de uma semana antes. Assim, o índice supera o limite considerado economicamente vantajoso para o biocombustível, de 70%.

Nas médias estaduais, o etanol é competitivo somente em Mato Grosso.

Variações nos estados

Nas usinas paulistas, o hidratado saiu de R$ 2,8017/L para R$ 2,8953/L. A alta foi de 3,3%, conforme dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq-USP. Além disso, houve aumento de 2,8% nas produtoras goianas e de 3,2% nas mato-grossenses.

Em relação ao valor nos postos, com a troca da empresa terceirizada responsável pelo levantamento da ANP, a amostragem de municípios tem mudado a cada análise. No período mais recente, a pesquisa foi feita em 416 cidades, 24 a mais do que uma semana antes.

Segundo a ANP, de 9 a 8 abril, os preços do etanol subiram em 14 estados e no Distrito Federal, caíram em sete, ficaram estáveis em quatro e não foram divulgados em um. Já os da gasolina tiveram baixa em nove unidades da federação, alta em 12 e estabilidade em seis.

Em São Paulo, o biocombustível teve elevação de 0,8%, custando R$ 3,79/L em média. Já a gasolina foi vendida a R$ 5,33/L, com aumento de 0,4% no comparativo semanal. Com isso, a relação entre os preços ficou em 71,1%; o resultado não é economicamente favorável ao renovável e está acima dos 70,8% observados uma semana antes.

Já em Goiás, o etanol foi comercializado a R$ 4,08/L, alta de 0,7%. A gasolina, por sua vez, subiu 0,7%, para R$ 5,54/L. Assim, a relação entre os preços dos combustíveis ficou em 73,6%, desfavorável ao etanol e a mesma do período anterior.

Por sua vez, Minas Gerais registrou um aumento de 0,3% no preço médio do etanol, para R$ 3,79/L, enquanto a gasolina baixou 0,3% para R$ 5,25/L, em média. Desta forma, o renovável custou o equivalente a 72,2% do preço do combustível fóssil, com o etanol ainda sem competitividade.

Em Mato Grosso, o preço médio do etanol ficou estável em R$ 3,59/L – o menor valor entre todos os estados. No período, a gasolina subiu 1,1%, indo a R$ 5,52/L. Com isso, a relação entre os preços ficou em 65%, índice abaixo de uma semana antes, quando era de 65,8%, e mantendo a relação vantajosa para o biocombustível.

Já em Mato Grosso do Sul, o etanol aumentou 0,8%, para R$ 3,88/L. A gasolina, por sua vez, subiu 1,8%, para R$ 5,20/L. Assim, o valor biocombustível correspondeu a 74,6% do preço de seu concorrente fóssil, em um índice inferior ao observado uma semana antes, mas na mais alta relação dentre os seis principais estados produtores de etanol do país.

Por fim, no Paraná, o biocombustível custou o equivalente a 71,5% do preço da gasolina. No período, o renovável caiu 0,5%, para R$ 4,04/L, enquanto a gasolina ficou baixou 0,2% para R$ 5,65/L.

Os preços do etanol e da gasolina por região, estado ou cidade desde 2018 estão disponíveis na planilha interativa (exclusiva para assinantes). Também estão disponíveis gráficos avançados e filtros interativos sobre o comportamento dos preços.

Ausência de dados

No ano passado, os dados estaduais de preços dos combustíveis referentes à semana de 18 a 24 de setembro não foram divulgados pela ANP e, portanto, não puderam ser comparados. Isso ocorreu, conforme a agência, por conta do fim do contrato com a empresa que realizava o levantamento de preços de combustíveis, em 13 de setembro.

Nas semanas de 25 de setembro a 1º de outubro e de 2 a 8 de outubro, foram divulgados números apenas das capitais brasileiras. Nos períodos subsequentes, outras cidades passaram a elencar a pesquisa, sendo que o levantamento mais recente totalizou 416 municípios.

Atualmente, a empresa contratada pela ANP para a realização do levantamento é a Triad Research Consultoria e Pesquisa de Mercado. A vigência do acordo começou em 26 de setembro de 2022 e o cronograma prevê um crescimento gradual da amostragem, atingindo 459 municípios até 16 de abril deste ano, algo que não foi cumprido. No momento, ainda faltam 43 cidades para que a companhia atinja este valor.


Fonte:https://www.novacana.com/

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