
Os valores do etanol aumentaram em dez estados e no Distrito Federal e os da gasolina subiram em dez unidades da federação
O consumo do biocombustível é tido como economicamente vantajoso em nove estados e no Distrito Federal
O preço do etanol hidratado subiu nas usinas paulistas e mato-grossenses e caiu nas goianas
Levantamento de preços da ANP foi realizado em 328 cidades brasileiras
Entre os dias 29 de dezembro e 4 de janeiro, os preços do etanol tiveram leve aumento e os da gasolina ficaram estáveis. Na primeira semana do ano, o renovável subiu 0,2%, sendo vendido a R$ 4,13 por litro, ante os R$ 4,12/L anteriores. Já o seu concorrente fóssil ficou estável em R$ 6,15/L.
Os números divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) levam em conta não somente o que é observado nos postos, mas também os volumes vendidos – desta forma, grandes mercados consumidores têm maior representatividade no resultado.
Assim, o preço do renovável se manteve dentro da faixa considerada economicamente favorável para o consumidor, mas acima de uma semana antes. Conforme a ANP, a relação entre o valor do etanol e o da gasolina foi de 67,2% na média nacional, superior aos 67% do período anterior.
Nas médias estaduais, por sua vez, o biocombustível é considerado competitivo em nove estados e no Distrito Federal.
De 30 de dezembro a 3 de janeiro, o hidratado foi vendido pelas usinas de São Paulo a R$ 2,6712/L, alta de 1% frente aos R$ 2,6449/L do período anterior. Já as usinas goianas tiveram uma queda de 0,1% e as mato-grossenses obtiveram aumento de 3%. Os dados são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq-USP.
Variações nos estados
Em relação ao valor nos postos, a amostragem de municípios tem mudado a cada análise. No período mais recente, a pesquisa da ANP foi feita em 328 cidades, 11 a mais do que no levantamento anterior.
De acordo com a ANP, de 29 de dezembro a 4 de janeiro, os preços médios do etanol subiram em dez estados e no Distrito Federal, caíram em sete e ficaram estáveis em nove. Já os da gasolina tiveram alta em dez unidades da federação, diminuíram em sete e permaneceram estáveis em dez.
Em São Paulo, o valor médio do biocombustível subiu 0,3%, para R$ 3,96/L. Da mesma forma, a gasolina ampliou 0,3%, sendo vendida a R$ 5,99/L. Assim, a relação entre os preços ficou em 66,1%, um patamar considerado economicamente favorável para o renovável.
Em Goiás, o etanol foi comercializado a R$ 4,36/L, com estabilidade. A gasolina, por sua vez, aumentou 0,2%, para R$ 6,26/L. Com isso, a relação entre os preços dos combustíveis foi de 69,6%, resultado vantajoso para o consumo do renovável.
Por sua vez, Minas Gerais registrou elevação de 0,5% no preço do etanol, que foi negociado a R$ 4,19/L; já a gasolina ficou estável em R$ 6,07/L. Desta forma, o renovável custou o equivalente a 69% do preço do combustível fóssil, um nível economicamente favorável.
Em Mato Grosso, o preço médio do etanol teve queda de 0,5%, para R$ 3,88/L, o menor preço dentre todos os estados; por outro lado, a gasolina ficou estável em R$ 6,13/L. Com isso, a relação entre os preços ficou em 63,3%, a mais competitiva do país.
Já em Mato Grosso do Sul, o etanol subiu 0,3%, para R$ 3,92/L, enquanto a gasolina baixou 0,3%, para R$ 5,96/L. Assim, o valor do biocombustível correspondeu a 65,8% do preço de seu concorrente fóssil, em uma relação comercialmente favorável para o renovável.
Por fim, no Paraná, o etanol custou o equivalente a 69,5% do preço da gasolina, um patamar considerado vantajoso para o biocombustível. No período, o valor do etanol ficou estável em R$ 4,35/L e a gasolina seguiu a R$ 6,26/L.
Os preços do etanol e da gasolina por região, estado ou cidade desde 2018 estão disponíveis na planilha interativa (exclusiva para assinantes). Também é possível acessar gráficos avançados e filtros interativos sobre o comportamento dos preços.
Pesquisa de preços
Atualmente, a empresa contratada pela ANP para a realização do levantamento é a Triad Research Consultoria e Pesquisa de Mercado. A vigência do acordo começou em 26 de setembro de 2022 e o cronograma inicial previa um crescimento gradual da amostragem, atingindo 459 municípios até 16 de abril de 2023.
Entretanto, o alcance do estudo foi reduzido a partir de julho de 2024 devido a cortes no orçamento da ANP. Com isso, a abrangência máxima passou a ser de 358 cidades.
O levantamento mais recente totalizou 333 municípios. Sobre o assunto, a agência justifica: “É possível que a abrangência geográfica sofra variações em determinadas semanas, devido a problemas operacionais pontuais”.
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