Os valores do etanol caíram em 14 estados e os da gasolina reduziram em dez unidades da federação
O consumo do biocombustível é tido como economicamente vantajoso em 11 estados e no Distrito Federal
O preço do etanol hidratado subiu nas usinas paulistas e mato-grossenses, mas caiu nas goianas
Levantamento de preços da ANP foi realizado em 341 cidades brasileiras
Entre os dias 10 e 16 de novembro, os preços do etanol ficaram estáveis pela segunda semana consecutiva; assim, o biocombustível foi vendido, na média nacional, a R$ 4,04 por litro. Já o seu concorrente fóssil foi comercializado a R$ 6,10/L.
Os números divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) levam em conta não somente o que é observado nos postos, mas também os volumes vendidos – desta forma, grandes mercados consumidores têm maior representatividade no resultado.
O preço do renovável se manteve dentro da faixa considerada economicamente favorável para o consumidor. Conforme a ANP, a relação entre o valor do etanol e o da gasolina foi de 66,2% na média nacional, mesmo índice de uma semana antes.
Nas médias estaduais, por sua vez, o biocombustível é considerado competitivo em 11 estados e no Distrito Federal.
De 11 a 14 de novembro, o hidratado foi vendido pelas usinas de São Paulo a R$ 2,6278/L, alta de 1% frente aos R$ 2,6025/L do período anterior. Já as usinas mato-grossenses tiveram aumento de 0,5% e as goianas, redução de 0,2%. Os dados são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq-USP.
Variações nos estados
Em relação ao valor nos postos, a amostragem de municípios tem mudado a cada análise. No período mais recente, a pesquisa da ANP foi feita em 341 cidades, 16 a mais do que no levantamento anterior.
De acordo com a ANP, de 10 a 16 de novembro, os preços médios do etanol subiram em nove estados e no Distrito Federal, caíram em 14 e ficaram estáveis em três. Já os da gasolina tiveram alta em 12 unidades da federação, diminuíram em dez e permaneceram estáveis em cinco.
Em São Paulo, o valor médio do biocombustível subiu 0,8%, para R$ 3,89/L. Já a gasolina foi vendida a R$ 5,92/L, com estabilidade. Assim, a relação entre os preços ficou em 65,7%, seguindo em um patamar considerado economicamente favorável para o renovável.
Em Goiás, o etanol foi comercializado a R$ 3,94/L, com redução de 3,9%, enquanto a gasolina caiu 0,8%, para R$ 6,07/L. Com isso, a relação entre os preços dos combustíveis foi de 64,9%, um resultado vantajoso para o consumo do renovável.
Por sua vez, Minas Gerais registrou redução de 0,5% no etanol, para R$ 4,18/L; já na gasolina houve baixa de 0,7%, para R$ 6,08/L. Desta forma, o renovável custou o equivalente a 68,8% do preço do combustível fóssil, em um nível economicamente favorável.
Em Mato Grosso, o preço médio do etanol teve alta de 3,5%, para R$ 3,83/L, ainda assim registrando o menor valor dentre todos os estados. No período, a gasolina ficou subiu 0,8%, para R$ 6,11/L. Com isso, a relação entre os preços ficou em 62,7%, a mais competitiva para o biocombustível no país.
Já em Mato Grosso do Sul, o etanol subiu 0,5%, para R$ 3,88/L, enquanto a gasolina aumentou 0,3%, para R$ 5,93/L. Assim, o valor do biocombustível correspondeu a 65,4% do preço de seu concorrente fóssil, em uma relação comercialmente favorável para o renovável.
Por fim, no Paraná, o etanol custou o equivalente a 68,9% do preço da gasolina, um patamar considerado vantajoso para o biocombustível. No período, o valor do etanol caiu 0,7%, para R$ 4,28/L, e a gasolina baixou 0,3%, para R$ 6,21/L.
Os preços do etanol e da gasolina por região, estado ou cidade desde 2018 estão disponíveis na planilha interativa (exclusiva para assinantes). Também é possível acessar gráficos avançados e filtros interativos sobre o comportamento dos preços.
Pesquisa de preços
Atualmente, a empresa contratada pela ANP para a realização do levantamento é a Triad Research Consultoria e Pesquisa de Mercado. A vigência do acordo começou em 26 de setembro de 2022 e o cronograma inicial previa um crescimento gradual da amostragem, atingindo 459 municípios até 16 de abril de 2023.
Entretanto, o alcance do estudo foi reduzido a partir de julho de 2024 devido a cortes no orçamento da ANP. Com isso, a abrangência máxima passou a ser de 358 cidades.
O levantamento mais recente totalizou 341 municípios. Sobre o assunto, a agência justifica: “É possível que a abrangência geográfica sofra variações em determinadas semanas, devido a problemas operacionais pontuais”.
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