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Petrobras não deve alterar preços de combustíveis em cenário turbulento, diz CEO

A Petrobras não deve alterar preços de combustíveis cobrados na venda a distribuidoras enquanto o cenário estiver turbulento, com incertezas geradas pelo tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nos mercados globais, afirmou a presidente da petroleira, Magda Chambriard, à Reuters, nesta segunda-feira.


"Não devemos fazer nada agora, enquanto o cenário geopolítico estiver com essa ansiedade e turbulência", disse ela, por telefone desde Nova York, onde está apresentando planos de investimentos da empresa a investidores.


A executiva frisou ainda que a companhia não vai internalizar o nervosismo do cenário internacional para o mercado brasileiro.


"Não vamos internalizar a ansiedade inerente ao atual cenário geopolítico", destacou ela.


Por hipótese, ela disse que a companhia poderia avaliar no curto prazo alguma mudança apenas se as duas principais variáveis da formação de preços dos combustíveis, o petróleo e o câmbio, tivessem quedas bruscas.


O dólar subiu frente ao real nas últimas sessões.


Questionada se falou com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sobre o tema, ela disse que pode ter havido um descasamento de informações, já que a Petrobras anunciou redução do diesel no começo da semana passada.


Uma fonte com conhecimento das conversas disse que Silveira teria pedido à Chambriard para que a companhia analisasse um novo corte no valor médio do diesel, diante do recuo acentuado e recente do preço do barril do petróleo no mercado internacional.


A CEO destacou, contudo, que o diálogo com os representantes do governo é constante e que há boa relação entre as partes.


"Eles (governo), estão bem a par de como funciona isso (a política de preços). Não há receio quanto a isso. A relação com eles é muito pacificada, sem brigas, tem conversa, bom relacionamento", afirmou.


O preço do barril de petróleo Brent recuou cerca de US$10, para aproximadamente US$64, na esteira do tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 2 de abril, pelos temores do mercado de que o movimento cause uma recessão global e reduza a demanda pela commodity.


 
 
 

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