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Painéis solares ficaram até 25% mais baratos em 2024

O preço médio dos painéis solares comercializados pela China no mercado internacional já acumula uma redução de até 25% em 2024, segundo dados do novo boletim da InfoLink Consulting.

O documento que é publicado semanalmente tem como objetivo medir o comportamento dos custos globais dos principais insumos da cadeia produtiva fotovoltaica.

De acordo com a consultoria, a maior redução até agora é a dos módulos fotovoltaicos com tecnologia HJT: o preço médio caiu de US$ 0,16/W para US$ 0,12/W entre janeiro e o começo do mês de outubro.

Por sua vez, os módulos fotovoltaicos Mono PERC tiveram seu custo global reduzido um pouco menos do que o HJT. O valor foi reduzido em 20% no mesmo período: US$ 0,125/W no começo do ano para os atuais US$ 0,10/W. 

Outro custo com redução acima dos dois dígitos foram os módulos solares bifaciais TOPCon. O custo hoje é de US$ 0,10/W em relação aos US$ 0,125/W que haviam sido contabilizados na primeira semana de janeiro. A queda foi de 19,3%, conforme ilustra o gráfico abaixo: 

O que pode ter provocado essa redução? 

Em entrevista ao Canal Solar, Glauco Chang, Country Business Manager da QN Solar, avalia que a queda verificada nos preços dos painéis solares em 2024 ocorre por causa de dois fatores principais. 

O primeiro deles é a diminuição do preço da matéria-prima, especificamente do polissilício – que, somente nesta última semana, registrou queda no preço de 2,3% e custando agora, em média, US$ 21,00/kg. 

“Essa redução de custos beneficia o mercado final, pois diminui os preços dos geradores e eleva a demanda, permitindo que o setor se autorregule em busca de estabilidade. Esse movimento é positivo para a expansão da tecnologia e dos mercados”, disse ele. 

O segundo fator responsável pela continuidade da queda de preços no ano seria o excesso de estoque de módulos fotovoltaicos.

Chang afirma que muitos fabricantes/montadores estão buscando reduzir esses volumes a qualquer custo, o que estaria resultando em uma competição desleal dentro do segmento. 

“Isso afeta, principalmente, as empresas de alta qualidade, que, por serem bem administradas e produzirem produtos superiores, não acumulam estoques, mas sofrem com a pressão de preços promovida por marcas secundárias. Essas empresas se veem forçadas a acompanhar a redução de preços, muitas vezes vendendo seus produtos com margem próxima de zero”, afirmou. 

O executivo disse ainda que, no entendimento da QN-Solar, essa situação é considerada desafiadora.

“Enquanto nos esforçamos para manter altos padrões de qualidade em nossos módulos fotovoltaicos, a redução de preços por estoques, agravada pela prática amplamente realizada por concorrentes que sacrificam a qualidade em favor de preços baixos (conhecida localmente como “Fake Power”), torna-se um obstáculo significativo”, disse ele. 

Para Chang, este problema é agravado pela falta de fiscalização e de um conhecimento mais aprofundado sobre o assunto por parte dos consumidores finais, que muitas vezes não conseguem distinguir os produtos de qualidade superior. “Essa dinâmica não apenas prejudica a indústria, mas toda a cadeia”, finalizou o Country Business Manager da QN Solar


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