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Importação de combustível tem maior alta em uma década


O Brasil e o Rio de Janeiro, em particular, vivenciaram nos últimos anos um aumento do valor das importações de combustíveis e lubrificantes. Esse avanço aconteceu mesmo com a alta das cotações internacionais. Levantamento da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) mostrou que as importações brasileiras de combustíveis e lubrificantes subiram 215,7% entre 2020 e 2022, para US$ 44 bilhões - dentro de um total de US$ 272 bilhões em importações do país contabilizadas no ano passado. Foi a maior expansão, no segmento, desde 2010.


Somente com destino ao Rio de Janeiro, o avanço das compras externas desse tipo de produto foi de 307,4%: um total de US$ 8,9 bilhões, mais de um terço do que o Estado importou em 2022 (US$ 25,4 bilhões). Também foi a mais intensa elevação originada do Rio detectada pela Firjan em estudo bienal iniciado em 2010.


A edição mais recente abrange universo de 262 empresas, com dados de 2022, comparados com 2020, ano-base da edição anterior do mesmo levantamento.


Entre os oito grandes setores analisados para o levantamento da Firjan, o de combustíveis e lubrificantes foi o que apresentou o maior salto em importações em dólares, e o único a registrar três dígitos de elevação, tanto no recorte de dados para abrangência nacional, quanto para Rio de Janeiro.


No levantamento, ficou nítida a importância do setor de petróleo e gás nas balanças comerciais do Brasil e do Rio de Janeiro, apontou o primeiro vice-presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano. "Cerca de 75% da corrente de comércio exterior do Rio é originada do petróleo e gás", disse Caetano. Em escala nacional, 12% da corrente de comércio externo nacional são originadas do setor de petróleo e gás, acrescentou ainda coordenador da Firjan Internacional, Giorgio Luigi Rossi.


Ao ser questionado sobre as razões do salto, em valor, das importações na área, Caetano lembrou que esse crescimento aconteceu apesar do aumento contínuo dos preços do petróleo nos últimos anos. A alta do barril de óleo encarece também o preço dos derivados, o que, em tese, deveria reduzir as importações. Acontece que no Brasil o consumo de combustíveis avança em ritmo maior que o incremento da capacidade de refino. Ou seja, para atender à demanda, o país precisa importar determinado volume independentemente do preço do barril. Com o barril mais caro, o custo em dólares aumenta.


Em 2022, segundo Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 2023, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o Brasil registrou capacidade de refino de 2,3 milhões de barris/dia e aumento de apenas 0,04% ante 2021. Em outubro de 2023, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) publicou estudo no qual mostra que a demanda total de combustíveis (óleo diesel total, gasolina C, etanol hidratado, QAV e GLP) do mercado interno em 2022 foi de 144,7 bilhões de litros, alta de 4,3% ante 2021.


Outro aspecto levantado pela Firjan é sobre o total e a origem das importações brasileiras de petróleo bruto com destino ao Rio. Em 2022 houve crescimento de 231,3% nas compras externas desse item pelo Estado, ante 2020, para US$ 3,385 bilhões. O maior vendedor foi a Arábia Saudita, com US$ 3,202 bilhões, aumento de 247,7% em 2022 ante 2020.


Caetano ressaltou que esse aumento da fatia do setor de óleo e gás no fluxo de comércio exterior fluminense não foi intencional. "É a [resposta a uma] demanda", comentou. "As indústrias vão atrás de oportunidades de negócio."


Outro aspecto salientado por Caetano é que esse aumento da demanda por petróleo e derivados não foi exclusividade brasileira ou fluminense. O quadro local repete um movimento de aquecimento mundial do setor.


A Firjan apurou ainda quais as principais dificuldades das empresas em fazer negócios em comércio exterior. No caso das importações, os custos tributários foram os obstáculos mais lembrados, seguidos por burocracia alfandegária e custo de frete internacional. Para as exportações, foram citados como entraves a burocracia tributária, custo de frete internacional e burocracia alfandegária.


Fonte:https://www.udop.com.br/

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