Com a aprovação e a sanção do Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC) e de seus incentivos relacionados, no valor de R$ 18,3 bilhões, as companhias brasileiras passaram a olhar com ainda mais atenção para as possibilidades do hidrogênio verde. No caso das sucroenergéticas, embora a tecnologia ainda não esteja consolidada, a produção deve acontecer principalmente por meio da transformação do etanol ou do biometano.
O gerente de vendas e aplicação da Neuman & Esser, Rafael Serpa, confirma que há um interesse das empresas de açúcar e etanol, inclusive com acordos de confidencialidade já firmados com a fabricante de maquinários. “Os reformadores são equipamentos que geram hidrogênio a partir da reforma de hidrocarbonetos, as cadeias de hidrogênio e carbono. O etanol é um hidrocarboneto, então, temos contato com indústrias”, explica.
De origem alemã, a Neuman & Esser inaugurou na quarta-feira, 27, a ampliação de sua fábrica em Belo Horizonte (MG), após um investimento de R$ 70 milhões. A planta, quatro vezes maior que a atual, tem capacidade de produzir até 70 MW ao ano de geradores de hidrogênio conteinerizados.
“A Neuman & Esser acredita muito na relevância da transição energética e sabe da importância da tecnologia para suportar as atividades que devem ser executadas. E é por isso que estamos investindo”, afirma Serpa.
De acordo com ele, além de fazer aportes na indústria, também será priorizada a qualificação dos profissionais. “Temos programas de formação de especialistas. As sucroenergéticas, por exemplo, precisam de mão de obra qualificada, que entenda de hidrogênio. Todo o relacionamento que os nossos especialistas têm com essa indústria é importante para multiplicar esse conhecimento”, reforça.
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