top of page
Foto do escritorEcoflex Trading

Há risco de desabastecimento de diesel em Minas Gerais, diz Minaspetro





Pode faltar diesel nos postos de Minas Gerais ao longo da semana, principalmente nas cidades do interior. O alerta foi feito na noite desta terça-feira (8) pelo Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro). O aviso é, especialmente, para postos de marca própria e do interior do estado.

A entidade alega que os distribuidores possivelmente estão cortando pedidos de importação do combustível, especialmente no diesel S10 e S500, porque o preço fora do Brasil está mais alto do que no mercado interno, após o fim da Paridade de Preços de Importação (PPI). Com a demanda mais alta do que a oferta, os postos poderiam ficar sem diesel nas bombas.

De acordo com relatório da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), publicado nesta terça-feira, a defasagem do diesel entre o preço praticado no Brasil e o mercado externo é de 22%. No caso da gasolina, a defasagem é de 19%.

A última pesquisa do Mercado Mineiro sobre os valores do litro do diesel em Belo Horizonte e região, realizada no dia 27 de julho, indicou que os postos cobram de R$ 4,63 a R$ 5,49 pelo combustível. Desde o início de janeiro, a queda do preço foi de 24%, segundo o levantamento.

O Minaspetro disse ainda que “irá notificar os órgãos reguladores e reforça o alerta à população sobre o risco de desabastecimento para o diesel, um problema grave para o andamento harmônico da economia e da sociedade. Caso a situação permaneça, haverá postos, especialmente do interior e Marca Própria, sem combustível para a venda ao longo da semana”.

Procurada pela reportagem, a Abicom confirmou que a defasagem do preço do diesel no mercado interno realmente afasta os importadores privados e aumenta o risco de desabastecimento.

Em nota, a Petrobras diz que "está cumprindo integralmente suas obrigações contratuais junto às distribuidoras. Destaca-se ainda que, atualmente, o mercado brasileiro é atendido por diversos atores além da Petrobras (distribuidoras, importadores, refinadores, formuladores), que produzem e importam derivados com frequência e têm plena capacidade de atender demandas adicionais".

Política de Paridade de Preços

O diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, disse nesta terça-feira que a empresa ainda vê muita volatilidade no mercado de petróleo e que a política comercial da empresa ainda consegue absorver as defasagens nos preços dos combustíveis.

A companhia vem sendo questionada pelo mercado por praticar preços dos combustíveis bem abaixo das cotações internacionais nas últimas semanas. O tema esteve no foco de teleconferência com analistas na última sexta (4), quando a empresa detalhou o resultado do segundo trimestre de 2023.

"Hoje vivemos momento muito forte de volatilidade, mas entendemos que dentro da estratégia comercial ela é absorvida", disse o executivo, em entrevista após participar da feira Rio Pipeline, no Rio de Janeiro.

Ele repetiu o argumento de que a nova estratégia comercial da companhia não prevê o repasse imediato de oscilações no mercado externo e considera também fatores internos na definição dos preços, como o custo de combustíveis concorrentes e o valor marginal de produção.

As cotações internacionais do petróleo cederam nos últimos dias, mas permanecem em patamares bem superiores aos verificados quando a Petrobras anunciou a mudança na política de preços, reduzindo os valores cobrados por suas refinarias nas vendas de gasolina e diesel.

Na abertura do pregão desta terça, o preço do diesel nas refinarias da Petrobras estava R$ 1,03 por litro abaixo da paridade de importação calculada pela Abicom.

É o terceiro dia de defasagem acima de R$ 1 por litro. No caso da gasolina, a diferença era de R$ 0,70 por litro, de acordo com as estimativas da Abicom.

No segundo trimestre, quando a Petrobras iniciou a nova estratégia comercial, a área de refino da estatal teve a menor margem de lucro desde o período mais crítico da pandemia. O lucro do segmento caiu 87% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Na sexta, em coletiva para detalhar o balanço do período, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates negou que a nova política tenha impactado o resultado. "Vi várias pessoas tentando atribuir esse resultado à política de preços. É absolutamente desconexa essa linha de raciocínio", afirmou.


Fonte:https://www.otempo.com.br/

8 visualizações0 comentário

Comments


bottom of page