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A geração distribuída poderá atingir 70,5 GW de potência acumulada no Brasil até 2034, estima o Plano Decenal de Expansão de Energia 2034 (PDE 2034), elaborado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Nesse cenário, 8,6 milhões de consumidores seriam beneficiados pela tecnologia.
O estudo destacou que a micro e minigeração distribuída, modalidade que permite que consumidores produzam a própria eletricidade por meio de sistemas de energia solar, tornou-se protagonista da expansão da matriz elétrica nacional nos últimos anos e deve continuar se destacando durante a próxima década.
Foram simulados dois cenários de expansão da capacidade para a próxima década, levando em conta os impactos da Lei 14.300, que estabeleceu o Marco Legal da Geração Distribuída. Os 70,5 GW correspondem ao cenário superior, enquanto o cenário inferior resultou em 47 GW de potência. No cenário de referência, a EPE projeta 59 GW instalados até 2034, que atenderão mais de 7 milhões de unidades consumidoras.
Conforme o estudo, o segmento residencial deve ser o líder em capacidade instalada no cenário referência, com mais de 20 GW, superando as instalações comerciais, com pouco mais de 15 GW. A energia solar seguirá predominante na modalidade, respondendo por 98,3% da potência acumulada. As fontes termelétrica, eólica e hidro teriam menos de 1% de participação cada.
O PDE ainda apontou que a geração distribuída tem ganhado importância em termos de contribuição energética, atendendo cerca de 8,5% do consumo cativo nacional, chegando a quase 20% em algumas distribuidoras do Brasil.
Plano Decenal de Energia
O PDE 2034 apresenta as perspectivas da expansão do setor de energia para os próximos 10 anos, considerando o período de 2025 a 2034, mantendo uma visão integrada para os diversos energéticos.
Os múltiplos estudos presentes neste plano subsidiam decisões de política energética, integrando-as às demais políticas adotadas no país, em especial as ligadas às mudanças climáticas e de transição energética.
O Caderno da Micro e Minigeração Distribuída (MMGD), lançado nesta semana, foi o segundo produto do PDE 2034, dando continuidade ao processo de planejamento energético do país, previsto para ser concluído no segundo semestre de 2024.
É importante ressaltar que, historicamente, as projeções do PDE são conservadoras e sempre subestimaram a capacidade instalada da fonte solar fotovoltaica no país.
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