Nada mais oportuno do que a celebração do Dia Internacional do Biodiesel, neste dia 10 de agosto, do que destacar a elevada maturidade técnica do produto no Brasil, uma das especificações mais rígidas do mundo e capacidade instalada de produção no país para ampliar seu uso de forma imediata sem a necessidade de investimentos em infraestrutura e sem a exigência de forçar uma renovação antecipada de frotas.
Não temos tempo a perder, ainda mais quando olhamos todos os noticiários indicando os impactos cada vez mais próximos e perceptíveis do aquecimento global. Vivemos um ponto de inflexão, com o registro de recordes constantes de temperaturas médias do planeta.
Precisamos entender que a transição energética é mais do que uma carta de princípios. Ela depende do senso de urgência de toda uma sociedade para a real compreensão da dimensão dos impactos dessa mudança climática.
O Brasil tem todas as condições de ser um agente protagonista nesse cenário internacional, pois tem soluções imediatas e a capacidade de desenvolver cadeias que podem descarbonizar o transporte em seus vários modais, com destaque para a melhoria do ambiente nas grandes cidades.
O país é reconhecidamente uma potência global verde e a bioenergia ocupa relevante papel no curto, médio e longo prazos. Fontes de energia de qualidade, ambientalmente sustentáveis e que promovam a redução nas emissões de gases de efeito estufa são oportunidades para o desenvolvimento do Brasil.
O governo brasileiro tem destacado que a transição energética representa uma chance excepcional para o país alcançar uma verdadeira independência tanto do ponto de vista econômico, como cultural, social e geopolítico.
Para isso, em relação ao biodiesel, devemos garantir a execução da decisão de ampliar e atingir a mistura de 15% ao diesel fóssil (B15) o quanto antes, assim como trabalhar de forma integrada com a cadeia produtiva para promover a adoção de um novo cronograma de aumentos da mistura que leve à adoção pelo menos do B20, com marcos bem definidos que garantam segurança jurídica aos investidores.
Somos exemplo de matriz energética limpa com opções para aumentar a atividade econômica, agregando valor à nossa grande produção agrícola e ainda promovendo a sua expansão de forma completamente sustentável, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa e gerando renda e qualidade de vida para a população.
Neste dia, nosso biodiesel está pronto para apoiar a transição já! Em caminhões, trens e navios, nas grandes cidades, cumprindo de imediato os compromissos de descarbonização. Viva o biodiesel!
Francisco Turra é presidente do Conselho de Administração da Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio) e ex-ministro da Agricultura no mandato Fernando Henrique Cardos
Fonte:https://www.biodieselbr.com/
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