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Como as startups querem descarbonizar a aviação?

Propulsão a hidrogênio, CO2 convertido em combustível, motores criogênicos e elétricos: essas são algumas das tecnologias que prometem descarbonizar o transporte aéreo e mudar de vez a forma como viajamos de avião.


O percurso, no entanto, é longo – e com escalas.


Com meta de chegar a 2050 com emissões líquidas zero, a indústria precisará investir algo em torno de US$ 5 trilhões até meados do século, estima a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, em inglês).

Isso significa quase US$ 178,6 bilhões por ano entre 2023 e 2050, boa parte destinada a tecnologias capazes de reduzir drasticamente a contribuição do setor para o aumento da temperatura global – hoje, a aviação civil emite 2% dos gases de efeito estufa que são lançados na atmosfera.

As alternativas variam desde tecnologias de aeronaves até novos modelos de abastecimento, como combustível sustentável de aviação (SAF, em inglês), hidrogênio ou baterias, passando por infraestruturas aeroportuárias e melhorias operacionais e as startups estão atentas a esse mercado.

Esta semana, em Davos, na Suíça, durante a reunião do Fórum Econômico Mundial (WEF, em inglês), a First Movers Coalition (FMC) deu a largada em um movimento para ajudar tecnologias consideradas mais promissoras a decolarem, com a seleção de 16 startups no programa de aceleração UpLink-FMC Sustainable Aviation Challenge.

Os vencedores defendem abordagens inovadoras para combustível  sustentável de aviação, vôos movidos a bateria e a hidrogênio, dando uma ideia do que está por vir.

Agência global para biocombustíveis

Em Davos, o ministro brasileiro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), propôs a criação de uma agência para fomentar a adoção de combustíveis renováveis na matriz energética mundial. O país quer aproveitar a presidência do G20 para promover os biocombustíveis.

Crédito para nuclear nos EUA

O governo de Joe Biden finalizou US$  1,1 bilhão em créditos destinados a ajudar a manter aberta a usina nuclear Diablo Canyon, da PG&E na Califórnia. A Lei Bipartidária de Infraestrutura tem um programa de US$ 6 bilhões para ajudar as centrais nucleares existentes, como estratégia para cumprir a meta de eletricidade descarbonizada até 2035.

Solar flutuante

A Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) inaugurou, nesta quarta-feira (17/1), a primeira usina solar flutuante da cidade de São Paulo, na represa Billings. A planta chamada de UFF Araucária tem 7 MWp de capacidade instalada e recebeu R$ 30 milhões em investimentos. É a primeira etapa do projeto, que prevê a instalação de 75 MW de potência até 2025, com investimento total de R$ 450 milhões.

Chamada para biometano

A Compagas lançou nesta semana uma nova chamada pública para receber propostas de aquisição de biometano. A distribuidora de gás canalizado do Paraná espera avançar, assim, com o plano de expandir a participação do gás renovável em seu portfólio de suprimento para algo entre 15% a 20% a partir de 2025. Os interessados têm até 15 de março para enviar as ofertas.

Chamada para eficiência

Enel Brasil lançou uma chamada pública para financiamento de projetos de eficiência energética nas três distribuidoras do Grupo no país. Até o dia 03 de julho de 2024, clientes das concessionárias da Enel em São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará poderão inscrever projetos. Serão disponibilizados R$ 38 milhões, dos quais R$ 12 milhões para iniciativas de iluminação pública.


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