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Comissão especial debate vantagens do hidrogênio verde na reindustrialização e geração de empregos


O potencial do Brasil no mercado de hidrogênio verde e as possibilidades de empregos de qualidade e abertura de novas indústrias foram temas de debate em comissão especial do Senado. Os senadores trataram das alternativas para o país com representantes dos estados, que destacaram que a produção de gás natural e o agronegócio poderão colaborar nesse processo de transição energética.

O hidrogênio é considerado o combustível do futuro. Além de ser o elemento químico mais leve, possui o maior valor energético e não é poluente. Como faz parte das moléculas de água, o H2O, e de outros compostos, é abundante no planeta, mas não se encontra isolado na natureza. A separação das moléculas ainda é um processo caro, mas quando se usa a energia solar ou eólica para isolar o hidrogênio, há grandes vantagens ambientais. Uma audiência pública realizada em uma comissão especial do Senado debateu o gigantesco potencial que o Brasil tem para a produção do hidrogênio verde. O país pode aproveitar recursos já existentes, como a biomassa da cana de açúcar e de outros vegetais, além de expandir os parques de energia solar e eólica. Um grande fabricante de fertilizantes anunciou a inauguração da primeira fábrica brasileira de hidrogênio até o final de 2023, em Camaçari, na Bahia, quedeverá ser a maior do mundo. Segundo Salmito Filho, Secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Ceará, a guerra entre Rússia e Ucrânia acelerou a busca de alternativas energéticas no mundo, e em particular no mercado europeu. Isto poderá trazer grandes oportunidades para o Brasil e para o Ceará também. A Europa se deparou por não ter uma fonte nem de petróleo e nem de gás natural. Está comprando gás muito mais caro dos Estados Unidos. Então a nossa expectativa real é de uma cadeia produtiva que, no Ceará, deverá gerar mais cem mil novos empregos diretos para o hidrogênio verde. O hidrogênio, ainda que não seja o verde, produzido a partir de energia solar ou eólica, também pode vir de fontes não renováveis como gás natural e carvão. Daniel Lamassa, Subsecretário Adjunto de Energia do Rio de Janeiro, lembrou que os cariocas são os maiores produtores de petróleo e gás no país e podem ajudar na reindustrialização brasileira. O gás natural é considerado o combustível da transição. A própria União Européia já votou que o gás natural é um combustível verde. Então o estado do Rio de Janeiro, assim como o Brasil, tem todo o potencial de se reindustrializar através do gás natural. O senador Luis Carlos Heinze, do PP do Rio Grande do Sul, sugeriu que setores do agronegócio também participem das dicussões, uma vez que produzem grandes quantidades de biomassa no Brasil. A gente pediu que viesse o pessoal ligado ao eucalipto, etanol de eucalipto, milho e também o pessoal ligado à cana de açúcar. É um outro potencial que o Brasil tem além dessas outras fontes alternativas. Um potencial fantástico na área do agro. Representantes da comissão especial irão conhecer pessoalmente projetos para produção de hidrogênio verde em diferentes estados brasileiros.


Fonte:https://www12.senado.leg.br/

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