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Câmara de SP aprova texto que adia em 30 anos prazo para frota de ônibus 100% elétrica

O projeto é da autoria de Milton Leite (União Brasil) e muda também outras metas de redução de poluentes e dá mais tempo para que as empresas de ônibus cumpram o que manda a lei. Com o novo texto, as empresas de ônibus podem voltar a comprar veículos movidos a diesel. Desde 2022, elas só podem comprar veículos sustentáveis.

A proposta foi apresentada na Câmara na semana passada e, um dia depois, já foi aprovada pelos vereadores em primeira votação. A justificativa das alterações aponta dificuldade para expansão da frota de ônibus elétricos e a falta de infraestrutura para operação do sistema nas garagens. Ainda não há previsão para a segunda votação.

"A gente passou por um ano inteiro, não só na cidade de São Paulo, mas no Brasil, em que a gente viu os efeitos da crise climática. A gente viu tempo seco, viu enchentes, enfim, mudanças profundas que são pautadas por eventos climáticos extremos. Quando você estende o prazo para décadas a frente, na prática, você coloca que 'tanto faz, que não importa' ter uma frota de ônibus da maior cidade do país que emite menos poluente", disse a vereadora Luana Alves (PSOL), que votou contra o projeto.

Frota de Ônibus

Pelo programa de metas da Prefeitura de São Paulo, até o fim deste ano, a frota de ônibus municipais deveria ter, pelo menos, 20% de veículos de matriz energética limpa, como os elétricos. Em outubro, o percentual de ônibus que não poluem o meio ambiente estava em 3,19%.

Hoje, a capital tem 489 ônibus municipais elétricos, incluindo os trólebus. No fim de novembro, a Prefeitura anunciou a compra de mais 1.300 coletivos elétricos a partir de um financiamento de dois bilhões e meio de reais com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Especialistas dizem que a troca dos ônibus a diesel por veículos de energia sustentável, que não poluem, é um ganho enorme para o meio ambiente e para a saúde. Ônibus elétricos, por exemplo, reduzem ruídos e têm tecnologias que aumentam o conforto do passageiro.

"É importante que a prefeitura adote uma ação muito robusta de eletrificação. Não se justifica um adiamento ainda mais sem nenhum debate como tá sendo feito hoje na Câmara", afirmou Rafael Calabria, especialista em mobilidade urbana.

Em nota enviada a TV Globo, o vereador Milton Leite (União Brasil) afirmou que o "projeto pretende adaptar a substituição da frota de ônibus as dificuldades da falta de infraestrutura para o fornecimento de energia elétrica e o projeto traz a possibilidade para que as empresas façam compensações ambientais necessárias em relação à emissão de poluentes."

Já a Prefeitura de São Paulo falou que a cidade tem maior frota de ônibus elétricos do país e que tem trabalhado para incorporar novos veículos a essa frota.


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