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Brasil passa a contar com plataforma que certifica energia renovável

A CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) lançou, nesta semana, em São Paulo (SP), a primeira plataforma brasileira para centralizar as certificações de energia renovável no país.

A solução promete acelerar o desenvolvimento do mercado de RECs (Certificados de Energias Renováveis), ampliando a credibilidade dos ativos emitidos e contribuindo com a atração de investimentos de empresas comprometidas com a economia verde.

O serviço concentrará dados das empresas e entidades certificadoras e terá a capacidade, a partir dessas informações, de fazer o rastreamento da origem da energia utilizada. Uma das funções da plataforma será evitar a dupla certificação da mesma energia. 

Atualmente, a CCEE estima que cerca de 93% da eletricidade produzida no Brasil vêm de fontes renováveis, como usinas solares, eólicas, hidrelétricas e de biomassa. Contudo, até 2021, menos de 2% era certificada.

No ano seguinte, o percentual avançou para 4% e, em 2023, subiu para 6,9% – um indicador considerado ainda muito para baixo pela CCEE, que projeta que esse resultado poderia chegar até 50%.

Alexandre Ramos, presidente do Conselho de Administração da CCEE, avalia que a plataforma lançada ajudará o país nesse sentido, atraindo investidores, ampliando os negócios e a geração de empregos, além de potencializar a inserção, no mercado internacional, dos produtos verdes brasileiros.

“Acreditamos que a plataforma brasileira para a certificação de energia renovável será um fator de crescimento do mercado, um diferencial para o desenvolvimento da nossa economia e um impulso efetivo para que o Brasil exerça o papel de liderança na transição energética mundial, ocupando a sua devida posição de destaque”, analisou.

Já Gentil Sá, secretário Nacional de Energia Elétrica do MME (Ministério de Minas e Energia), ressaltou que a certificação nestes casos é uma etapa fundamental para essa valoração do setor energético nacional. “Isso agrega muita credibilidade internacional para a indústria verde do Brasil”, disse ele. 


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