O Brasil continuará a importar diesel russo enquanto isso ajudar a conter os preços dos combustíveis para o consumidor brasileiro, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em entrevista à Bloomberg News.
A Rússia consolidou sua posição como principal fornecedor do combustível para o Brasil neste ano, superando os EUA.
Silveira, que está em Washington para discutir colaboração na transição energética, não vê pressão do governo do presidente Joe Biden para suspender as importações.
"Se a importação de diesel, seja russo ou de qualquer outro país, favorecer a diminuição de preço na bomba, então não é uma preocupação", disse Silveira.
Existe um "entendimento de que os países em desenvolvimento precisam expandir laços comerciais para se fortalecerem economicamente e combaterem a desigualdade".
Os EUA e países aliados tentam limitar o fluxo dos chamados "petrodólares" para a Rússia para reduzir os fundos disponíveis para a guerra na Ucrânia.
A Petrobras (PETR3; PETR4) compete com os importadores e seu plano estratégico para os próximos cinco anos terá como foco tornar o país autossuficiente na produção de gasolina e diesel, disse o ministro.
A atual política de preços da estatal protegerá o país de uma oscilação nos preços dos combustíveis, caso a guerra entre Israel e Hamas se alastre para outras nações do Oriente Médio, avaliou.
A companhia leva em consideração os custos de produção doméstica no âmbito de uma nova política de preços de combustíveis anunciada em maio, que ajudará a amortecer o impacto da volatilidade nos mercados globais de petróleo, disse Silveira.
O Brasil também importou petróleo e gás natural da Rússia este ano. Dois navios-tanque com petróleo bruto russo do Ártico foram descarregados no Nordeste do Brasil desde o início de setembro, e o Brasil importou uma carga de gás natural liquefeito de origem russa em maio, de acordo com dados de rastreamento de transporte compilados pela Bloomberg.
Fonte:https://www.udop.com.br/
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