O Brasil – que sediará o encontro do G20 no próximo ano – tem a maior parcela de eletricidade limpa entre todos os países do grupo. A posição brasileira é um dos destaques da 4ª edição anual da Global Electricity Review, publicada hoje (15) pela Ember.
Segundo o levantamento, o Brasil gerou 89% de sua eletricidade a partir de fontes limpas em 2022, o que inclui 63% de energia hidrelétrica, 12% de energia eólica e 3% de energia solar.
Os combustíveis fósseis, por sua vez, foram responsáveis por 11% da geração do país no ano passado, sendo a maior parte desta parcela oriunda do gás (7%).
Segundo a análise, a Índia, atual anfitriã, está muito mais atrasada na descarbonização de seu sistema de eletricidade. O país tem a segunda maior dependência de carvão, depois da África do Sul, mas já está obtendo 9% de sua eletricidade a partir de energia solar e eólica.
“O Brasil está muito à frente da Índia na garantia de um sistema de eletricidade limpa. Os anfitriões do G20 podem aprender com os sucessos uns dos outros“, disse Dave Jones, diretor de insights de dados da Ember.
O documento revela também que a energia solar e eólica reduziram a participação da energia a carvão nos países do G-20 desde o início do Acordo de Paris.
Ao todo, as duas fontes atingiram uma participação combinada no ano passado de 13% na comparação com os 5% que haviam em 2015.
Nesse período de sete anos, a participação da energia eólica dobrou e a participação da solar quadruplicou no G20.”Substituir a energia a carvão por energia eólica e solar é a coisa mais próxima que temos de uma bala de prata para o clima”, disse Malgorzata Wiatros-Motyka, analista sênior da Ember.
“A energia solar e a eólica não apenas reduzem as emissões rapidamente, mas também diminuem os custos da eletricidade e reduzem a poluição prejudicial à saúde”, ressaltou o analista.
Fonte:https://canalsolar.com.br/
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