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Aumento da demanda por energia limpa faz Cocal elevar aposta em biometano


Com a demanda crescente por fontes de energia mais limpa, a companhia sucroenergética Cocal vai investir R$ 216 milhões na construção de uma nova planta de biogás. A unidade, cujas obras começam neste mês, ficará em Paraguaçu Paulista (SP) e será totalmente focada na produção de biometano. O projeto é feito em parceria com a Geo Biogás & Tech.

O biometano nada mais é do que o biogás purificado, produzido à base de resíduos da cana-de-açúcar, chamados vinhaça e torta de filtro. A empresa também faz estudos para a eventual utilização de dejetos e outros resíduos urbanos como matéria-prima. No mercado, o biometano pode substituir produtos fósseis como o gás natural e o diesel.

O diretor comercial e de novos produtos da Cocal, Andre Gustavo Silva, disse à Globo Rural que a expectativa é tornar a planta operacional até abril de 2025, com capacidade de produção de até 60 mil metros cúbicos por dia de biometano durante a safra.

A companhia já tem uma unidade de biogás em Narandiba (SP), mas que tem 50% da produção dedicada ao biometano e o restante em geração de energia elétrica.

“O grande objetivo do nosso projeto de biogás é melhorar a destinação dos nossos subprodutos, mas a demanda nos levou a mudar o foco e não ter mais uma produção de dois produtos”, disse Silva a respeito da mudança para uma unidade totalmente dedicada ao biometano.

A Cocal tem presença confirmada na sexta edição da Conferência NovaCana. O diretor agrícola Jurandir de Oliveira Júnior será um dos palestrantes do Painel “Economia circular: extraindo o potencial máximo da cana”. O evento acontece em São Paulo (SP), nos dias 4 e 5 de setembro de 2023, e já está com inscrições abertas. Clique aqui para saber mais.

Grande potencial

Citando dados da Associação Brasileira do Biogás (ABiogás), o executivo afirmou que o Brasil tem potencial para produzir, até o ano de 2030, cerca de 30 milhões de metros cúbicos por dia do biometano.

No setor sucroenergético, por exemplo, se todo o resíduo da moagem de cerca de 640 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra fosse destinado à biodigestão seria possível produzir, aproximadamente, 15 bilhões de metros cúbicos de biometano.

“Para se ter uma referência, isso seria equivalente ao consumo de 85% do diesel do Estado de São Paulo”, reforça Silva.

De acordo com o executivo, nos últimos anos, a Cocal passou a analisar formas de melhorar seu planejamento estratégico de economia circular, com o aproveitamento dos resíduos do processo industrial. Em 2019, veio a primeira planta de biogás e “de lá para cá, o mercado de biometano começou a crescer muito”, disse.

“Muitas empresas que têm compromisso ambiental já declarado, com metas de descarbonização, começaram a nos procurar”, afirmou.

Então, além de uma nova unidade dedicada a esse produto, a escolha da localização buscou proximidade dos grandes compradores – em sua maioria, indústrias no eixo entre os municípios paulistas de Bauru, Araçatuba, Marília, além de Londrina (PR). A ideia era reduzir o custo logístico para a entrega do biometano e aumentar a competitividade nas negociações.

Distribuição

A distribuição será feita via GNC (cilindros transportados por meio de carretas), que permite atender a uma gama maior de compradores, principalmente os que não têm acesso ao transporte dutoviário. Além de fornecedor para consumidores externos, o biometano também é destinado para consumo interno pela frota da Cocal durante a safra, como já acontece também com o produto vindo de Narandiba.

“Na última safra (2022/23), deixamos de utilizar 300 mil litros de diesel com a substituição pelo biometano. Na atual safra, nossa expectativa é quadruplicar esse número com o equivalente acima de 1 milhão de litros de diesel. Vamos aumentar de 11 para 37 equipamentos rodando com o gás renovável como combustível”, estimou Silva.

Ele ressaltou ainda que, após a produção, as matérias-primas utilizadas no processo voltam para as lavouras de cana da companhia como biofertilizantes. A empresa também quer que a nova planta seja certificada no RenovaBio para emissão de créditos de carbono.


Fonte:https://www.novacana.com/

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