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Consumo de etanol sobe 47,58% em Campinas e gasolina cai, diz Secretaria do Meio Ambiente


Volume consumido na cidade subiu de 220,6 milhões de litros em 2017 para 325,6 em 2018, de acordo com Anuário Energético do Estado.


O consumo de etanol subiu 47,58% em Campinas (SP) de 2017 para 2018, segundo dados divulgados pelo Anuário Energético por Município no Estado de São Paulo 2019, da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (Sima).

De acordo com os dados, entre um ano e outro o consumo subiu de 220,6 milhões de litros para 325,6 milhões de litros. Em contrapartida, o consumo de gasolina caiu na metrópole.Segundo a Sima, em 2017 os motoristas de Campinas consumiram 367 milhões de litros, mas no ano passado o volume caiu para 281,5 milhões de litros, uma queda de 23,28%.


Valores

Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) sobre os valores dos combustíveis apontam que em 2017 o litro do etanol oscilou entre R$ 2,85 e R$ 2,26, mas a média ficou em R$ 2,56. No ano passado, o etanol ficou entre R$ 2,90 e R$ 2,33. A média anual foi de R$ 2,69.

Em relação ao valor do litro da gasolina, o preço ficou entre R$ 3,96 a R$ 3,34, com média anual de R$ 3,60 em 2017. No ano seguinte, a gasolina girou de R$ 4,52 e R$ 3,96, com média anual de R$ 4,17. O valor subiu 15,83% em relação a 2017.


Preferência passa pelo bolso

Na opinião dos motoristas, o valor indicado nas bombas determina a escolha pelo combustível utilizado, principalmente após as alterações recorrentes no preço da gasolina. "Se a gente parar para colocar na ponta do lápis, a gente sente que aumentou bastante", reconhece a dona de casa Patrícia Silva.

É o que pensa a arquiteta Marta Fonseca. "Se você tem a opção de colocar um ou outro, no momento é o que estiver com o menor preço".


Resposta está na lavoura

Para o economista José Carlos de Lima, a explicação está nas plantações de cana-de-açúcar, matéria-prima da produção do etanol. "Em 2018, a safra foi predominantemente alcooleira. Quase que 70% [da cana colhida] foi produção de etanol, e 30% somente a produção de açúcar".

Para Lima, a mudança na política de preços da Petrobras em relação aos combustíveis também deixou o etanol mais competitivo no cenário nacional. Ele alega que o barril de petróleo chegou a ficar em um dos menores patamares do mercado internacional, cotado abaixo de 50 dólares. Já ao longo de 2017 e 2018, o valor ficou próximo de 80 dólares, trazendo consequências para os motoristas. "A primeira [consequência] foi no diesel, em que nós tivemos, inclusive, a greve dos caminhoneiros em maio de 2018. A segunda foi a opção do consumidor, nos postos de combustíveis, pelo etanol em relação à gasolina", conta o especialista.

Mesmo acreditando que a safra seguirá potencializando a competitividade no valor do etanol, Lima confia numa redução do valor do barril de petróleo em decorrência a uma possível "desaceleração econômica".


Motores flexíveis têm papel determinante

Segundo o diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas (Recap), Flávio Campos, o 'vai e vem' da preferência dos consumidores passa pelo fato de grande parte da frota de veículos populares ser dotada de motores flexíveis, que podem ser abastecidos tanto com etanol quanto com gasolina.

"Os preços do etanol baixaram nos últimos tempos e isso proporcionou um aumento de vendas em função dos carros serem flex. O Brasil é o único país do mundo que tem essa possibilidade, do consumidor escolher qual combustível utilizar na hora do abastecimento".

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